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Notícia

GD Chaves 1×1 CD Feirense | Crónica

SIM, É VERDADE! ESTAMOS NA PRIMEIRA LIGA!

O Feirense foi a Trás-os-Montes buscar as chaves da subida de divisão, após empatar a uma bola com o Desportivo de Chaves, em jogo a contar para a 46ª e derradeira jornada da Ledman Liga Pro. Porcellis colocou o Feirense na frente do marcador aos 14 minutos, mas Barry, quatro minutos depois, repôs a igualdade e fixou o resultado final.

Chegou assim ao fim uma longa e dura caminhada de 46 jogos, com mais de 5700 km percorridos e mais de 85 horas de viagens por todo o país (com exceção da Ilha da Madeira) que culminaram numa justa e merecida subida de divisão de uma equipa que, desde o primeiro minuto desta competição, se uniu em prol de um objetivo brilhantemente conseguido, nunca virando a cara à luta, e sempre com enorme espirito guerreiro superaram as várias dificuldades que foram encontrando pelo caminho.

Sem castigados nem lesionados, o técnico José Mota convocou todo o plantel para este importante e decisivo encontro com o Chaves. Face á última jornada, o treinador fogaceiro fez alinhar de início o defesa central Ícaro, por troca com Carvalho, que ficou a torcer pelos seus colegas de equipa desde a bancada, e promoveu os regressos de Nuno Diogo e Platiny, que começaram o jogo no banco de suplentes.

O encontro foi pautado por grande equilíbrio, com as duas equipas a lutarem muito pela posse da bola, desenvolvendo as suas jogadas muito em zonas centrais do terreno. O Feirense apresentava-se muito bem organizado coletivamente, pressionante e muito eficaz a cortar linhas de passe ao seu adversário, evitando que o perigo chegasse à sua área. Aos 14 minutos, numa jogada de insistência do ataque fogaceiro, o defesa central Fábio Santos e o guarda-redes António Filipe desentenderam-se, bola sobrou para Porcellis que não se fez rogado e atirou certeiro para o fundo das redes flavienses, levando à loucura o meio milhar de fervorosos adeptos fogaceiros presentes no estádio, em apoio à sua equipa. O Chaves reagiu ao golo sofrido e quatro minutos depois repôs a igualdade no marcador. Diogo Cunha cobrou um canto no lado direito e Barry, de cabeça, atirou fora do alcance de Makaridze, empatando de novo o encontro. Com as duas equipas encaixadas taticamente, as jogadas de perigo junto de ambas as balizas eram uma raridade, mas mesmo assim, foi o Feirense quem esteve mais perto de voltar a marcar ainda no primeiro tempo, numa bola que o guardião flaviense não segurou e os avançados fogaceiros não conseguiram aproveitar da melhor forma para atirarem com êxito para o fundo das redes. Até ao final da primeira parte o jogo permaneceu equilibrado e as equipas foram para o descanso empatadas a uma bola.

Na segunda parte a equipa do Chaves entrou ligeiramente melhor, assumindo mais a posse de bola e jogando com maior frequência no meio campo defensivo do Feirense. A equipa de José Mota mantinha-se muito bem organizada na sua defesa e meio campo, nunca perdendo a concentração, procurando sempre atacar pela certa, sem descurar o sector mais recuado. Aos 48 minutos Barge esteve muito perto de recolocar o Feirense na frente do marcador, mas viu o seu remate ser cortado em cima da linha por Mike, gorando-se assim excelente ocasião de golo para os azuis. A equipa de José Mota ia jogando com o relógio, impondo um ritmo baixo, mantendo também a bola (muito) longe da sua baliza, segurando uma igualdade que ia servindo os seus objetivos, a subida de divisão. Barry ainda assustou a defesa fogaceira, após um cruzamento de Diogo Cunha do lado direito, mas Ícaro foi rápido a intervir e aliviou o perigo pela linha final. Os minutos, que mais pareciam longas e intermináveis horas, iam passando, o resultado mantinha-se e o sonho estava cada vez mais perto. Nas bancadas os adeptos fogaceiros iam roendo as unhas de nervosismo, sempre com os ouvidos postos no jogo da Povoa de Varzim, ansiosos pelo melhor desfecho possível para o Feirense desse jogo, e quando a tão esperada boa notícia chegou, todos se levantaram transmitindo o seu entusiasmo para dentro de campo, informando a equipa de que a 1ª Liga estava ali tão perto. Menos de um minuto depois, o árbitro Artur Soares Dias deu o encontro por terminado e fez explodir de alegria toda a equipa do Feirense que, juntamente com a restante comitiva, rapidamente correu na direção dos adeptos em euforia festejando juntos esta tão merecida conquista. Pouco depois deu-se uma pacífica invasão de campo, assistindo-se a uma celebração conjunta de adeptos de ambas as equipas em pleno relvado, dando um especial colorido a tão magnífica festa.


Conferência de imprensa
“As subidas de divisão marcam sempre. Tive a felicidade de encontrar um grupo fantástico, com ambição e que nos momentos mais difíceis sempre sonhou com este objectivo. Disse-lhes que tinham qualidade e valor para viverem este dia. Importava valorizar os jogadores e convencê-los de que este dia podia acontecer”.
José Mota, treinador do Feirense

Ledman Liga Pro
14 Maio | Sábado | 15H00
Estádio Municipal Eng. Manuel Branco Teixeira

GD Chaves 1×1 CD Feirense

GD CHAVES: António Filipe, Mike, Diogo Coelho, Fábio Santos, Nélson Lenho, Assis (Miguel Ângelo, 46’), Diogo Cunha, Patrão, Braga (Gustavo Souza, 90’), Barry e Perdigão (João Mário, 75’)
SUPLENTES: Paulo Ribeiro, João Reis, Siaka Bamba, Gustavo Souza, Miguel Ângelo, João Mário e Tozé Marreco
TREINADOR: Vítor Oliveira

CD FEIRENSE: Makaridze, Barge, Ícaro, Mika, Alex Kakuba (Platiny, 72’), Sérgio Semedo, Vasco Rocha, Rúben Oliveira (Cris, 90+2’), Etebo, Porcellis e Kizito (Luís Machado, 66’)
SUPLENTES: Luís Ribeiro, Fabinho, Cris, Kukula, Nuno Diogo, Luís Machado e Platiny
TREINADOR: José Mota

ÁRBITRO: Artur Soares Dias (AF Porto)
ASSISTENTES: Álvaro Mesquita e Bruno Rodrigues

AÇÃO DISCIPLINAR: Cartão amarelo para Nélson Lenho (78’), Platiny (88’) e Vasco Rocha (90+2’)

MARCADORES:
0x1 Porcellis (14’)
1×1 Barry (18’)