ANTÓNIO FERREIRA MOSTRA FIBRA DE CAMPEÃO NA CONQUISTA DO GP AÇORES

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Os três dias de incursão ao arquipélago açoriano correram de feição para a VITO-FEIRENSE-PNB, que viu o jovem sub-23 de primeiro ano António Ferreira imperar em solitário na chegada da etapa-rainha a Lagoa do Fogo e conquistar a classificação geral e da juventude do GP Açores / Volta a São Miguel. A equipa feirense arrecadou ainda a vitória no colectivo.

“Foi uma corrida com um traçado bastante exigente. Saímos para a etapa com a ambição de a ganhar e todos tínhamos capacidade para isso. Consegui isolar-me cedo dos restantes corredores e levar a vantagem até à meta, que me permitiu vencer a etapa e a geral!”, afirmou António Ferreira.

Com um forte quinteto de corredores sub-23, dois dos quais de primeiro ano – António Ferreira e Pedro Andrade -, a VITO-FEIRENSE-PNB abordou as três etapas do GP Açores com o máximo objectivo de lutar pela camisola amarela. O colectivo trabalhou para levar a bom porto essa meta, destacando-se desde o primeiro dia na liderança por equipas e com todos os seus corredores entre os primeiros da classificação geral.

De Ponta Delgada ao Nordeste, passando por Lagoa e caindo o pano em Lagoa do Fogo, as três jornadas do GP Açores percorreram um total de 310 quilómetros, num duro terreno com elevado desnível acumulado, o que contribuiu para aumentar ainda mais a exigência da prova.

No primeiro dia, a vitória esteve perto dos pedais de Raúl Rico, que se estreou com as cores feirenses a cruzar a meta em quarto, logo seguido em sexto por Pedro Andrade, ambos a dois segundos do vencedor da primeira etapa, Miguel Salgueiro (Sicasal-Constantinos). Ao segundo dia, foi a vez de António Ferreira espreitar de perto o triunfo de Josue Barrachina (Ginestar), cruzando a meta em quarto com o mesmo tempo do vencedor.

A vitória feirense anunciava-se desde o primeiro dia e à terceira jornada chegou com assinatura de António Ferreira, que encetou uma fuga no derradeiro dia, o mais exigente da etapa-rainha, com chegada à primeira categoria de Lagoa do Fogo, uma subida de 10,2 quilómetros de extensão e 7,6% de pendente média, onde no alto conquistou em solitário a etapa e a camisola amarela.

“Foi um dia fantástico para nós. Acabou por ser um prémio pelo trabalho que temos vindo a desenvolver na formação e também para os próprios jovens que temos na equipa, que acreditaram no projecto e quiseram manter-se connosco. Vêem assim o esforço premiado, estes que são os melhores corredores sub-23 a correr actualmente em Portugal”, afirmou o director desportivo Joaquim Andrade.

Sobre os três dias do GP Açores, Joaquim Andrade salientou: “A corrida em si foi bastante dura, com o primeiro dia a ser o de mais incógnita, porque não sabíamos como iria desenvolver-se a corrida, mas eles deram boas indicações desde o início. A segunda etapa acabou por ser um dia de manter o controlo do pelotão e fazer uma pequena selecção na parte final, também para ver como respondiam os adversários. Hoje, demos o tudo por tudo. Tínhamos cinco corredores, qualquer um deles com aspirações de chegar à vitória e jogámos um pouco com isso. Penso que foi esse o nosso trunfo, os adversários acabaram por ficar com muitas direcções em que centrar-se e acabaram por ter de deixar ir algum embora. Na parte final, o António mostrou a verdadeira fibra de campeão que tem e, na longa fuga, aguentou bastante bem a perseguição do pelotão e fez uma subida fantástica. É um prémio para os jovens e para a equipa, sendo também incentivador para o resto da época que têm pela frente”, rematou.