Assembleia Geral de 24 de outubro
Realizou-se ontem no Cine Teatro António Lamoso mais uma Assembleia Geral do Clube Desportivo Feirense-
Perto de 300 associados compareceram a esta reunião magna, um record de assistência que nos apraz registar
No ponto 1 da Ordem de Trabalhos, foram apresentado pelo Presidente da Direção, Rodrigo Nunes, os principais números das contas da época 2021-22, dos quais se destacam os resultados positivos do Clube no valor de 45 mil Euros. Contudo, sendo o CD Feirense acionista em 30% da SAD, que apresentou resultados negativos de cerca de meio milhão de Euros, este resultado da SAD, no qual o Clube não tem qualquer influência, reflete-se nas contas do Clube, tendo ficado estas em 97 mil Euros negativos.
O Património do Feirense é porém bastante extenso, estando valorizado contabilisticamente em cerca de 10 milhões de Euros. O seu valor efetivo e afetivo é muito superior, incluindo o Estádio Marcolino Castro e o Complexo Desportivo, ambos construídos ao longo de muitos anos de trabalho das várias Direções do Clube e em especial as diversas Direções lideradas por Rodrigo Nunes, que imaginou, planeou e executou uma obra de enorme relevo, valor e importância.
Nos últimos anos tem-se a relevar a construção de uma piscina, de instalação de painéis foto-voltaicos e a duplicação dos balneários para 14.
O Presidente do Conselho Fiscal Fernando Costa também se pronunciou, aprovando as contas e propondo um Voto de Louvor à Direção pelos resultados alcançados, alicerçados na postura de sempre do Clube.
As Contas e o Voto de Louvor foram ambos aprovados por unanimidade.
No Ponto 2, o Presidente do Conselho Fiscal informou que sendo os resultados negativos, os mesmos são lançados em Resultados Transitados.
No Ponto 3, o Presidente da Direção informou sobre o facto, talvez único a nível nacional, de o CD Feirense doar uma parte dos terrenos do Complexo à Câmara Municipal, e em contrapartida a Câmara executar as obras de muros de contenção de terras na zona norte e nascente do Complexo. Questionado por um associado sobre o inaudito do negócio, Rodrigo Nunes esclareceu que os interesses do Clube foram amplamente salvaguardados, que o valor do terreno será inferior ao valor das obras a executar.
No Ponto 4, foi apresentado em traços gerais uma proposta de alteração dos Estatutos. Os atuais estatutos são já bastante antigos e não refletem as exigências atuais de um Clube moderno e com diversas instalações e modalidades. A proposta dos novos Estatutos estará disponível na Loja do Clube no Estádio para consulta dos sócios, de forma a surgirem sugestões de novas melhorias, a discutir na próxima Assembleia, a realizar para o efeito.
No Ponto 5, o sócio número 1290, José Carlos Santos, defendeu a sua proposta para o nome do Complexo do CD Feirense como “Complexo Desportivo Rodrigo Nunes”, de forma a homenagear em vida aquele que foi o seu mentor, planeador e executante. A proposta suscitou bastantes intervenções de outros sócios, com um sócio a levantar algumas dúvidas sobre o momento e o local do ato, mas a grande maioria a apoiar a medida e a enaltecer o trabalho do homenageado, aproveitando para contar histórias passadas há vinte anos e de como Rodrigo Nunes num terreno baldio e com lama pelo tornozelo, já explanava com enorme vivacidade e clarividência aquilo que ali queria construir. Todos o chamavam lunático, até um dos sócios que interveio pensou isso na altura, mas o que é certo é que a obra está lá e é uma referência nacional. O Presidente Rodrigo Nunes pediu a palavra para reafirmar que não se iria pronunciar sobre o tema e absteve-se na votação, pelo que a proposta foi aprovada por maioria e sem nenhum voto contra, com apenas 4 abstenções.
No Ponto 6 foi discutida uma vez mais a relação difícil com a SAD e o seu incumprimento, tendo os sócios aprovado também por unanimidade dar autorização à Direção do Clube e restantes Órgãos Sociais de tomar as medidas necessárias para acabar com esse problema que se arrasta há anos.